Notícias - ConsumidorProcon-MG fiscaliza estabelecimento comercial em Betim após suspeita de revenda de carne imprópria para consumo
Fiscais do Procon-MG, órgão de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), fiscalizaram um estabelecimento comercial em Betim, na última sexta-feira, 7, para apurar denúncia de revenda de carne bovina supostamente contaminada após as enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, em maio de 2024. A operação contou com a participação da Vigilância Sanitária Municipal e da Polícia Militar.
Segundo a denúncia, parte dessa carne teria sido destinada a um frigorífico de Juatuba e, posteriormente, revendida a estabelecimentos na região de Betim. As suspeitas incluem fraude na rotulagem, declaração irregular de procedência e inadequação nas condições de armazenamento.
A investigação teve início após a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrar a chamada “Operação Carne Fraca”.
Conforme as apurações, uma empresa fluminense teria adquirido 800 toneladas de carne bovina que ficaram submersas durante as enchentes em Porto Alegre (RS), pagando cerca de R$ 0,97 por quilo. Em seguida, a carne teria sido submetida a processos para mascarar sinais de deterioração, como cor e odor alterados. A empresa investigada alega que a intenção de compra era a fabricação de ração animal, mas teria lucrado mais de 1.000% ao revender o produto.
Durante os trabalhos, os fiscais do Procon-MG analisaram notas fiscais de aquisição e venda de carnes provenientes de empresas associadas ao Frigorífico Frigo Dias, visando rastrear a origem dos produtos e identificar eventuais irregularidades. A Vigilância Sanitária identificou algumas peças com aspecto de deterioração e as apreendeu cautelarmente. Amostras foram recolhidas e serão encaminhadas para análise laboratorial.
No exercício de sua função de defesa do consumidor, o MPMG atua para prevenir riscos e garantir a segurança alimentar da população. Caso sejam confirmadas irregularidades, os responsáveis poderão responder a sanções administrativas e penais, uma vez que a comercialização de alimentos impróprios para consumo configura crime contra a saúde pública.