Notícias - Crime OrganizadoOperação do MPMG no Triângulo Mineiro combate organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
Quarenta e um mandados de prisão e 42 de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quarta-feira, 11 de dezembro, em decorrência da “Operação Ortros”, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e que combate uma organização criminosa liderada por dois irmãos investigados pela prática reiterada de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em Ituiutaba, Uberlândia, Campina Verde, Santa Vitória e Lagoa Grande, (Minas Gerais), Comodoro (Mato Grosso), Lajedo e Garanhuns (Pernambuco).
A operação, conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Ituiutaba, conta com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). As investigações começaram em julho deste ano por conta de denúncias anônimas que apontavam a existência de uma organização criminosa com atuação em
Ituiutaba.
Levantamentos policiais concluíram pela existência de indícios sobre o envolvimento dos investigados na venda de drogas no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, com ramificação em Mato Grosso e Pernambuco. As informações foram integradas aos expedientes do MPMG, propiciando a coleta de robustas evidências sobre as práticas delitivas orquestradas pela referida organização criminosa.
De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Ituiutaba, “o transcurso das ações, com a coleta de rico acervo probatório para a instrução processual, foi importante para imputar aos investigados a devida responsabilidade penal em face de cada crime cometido”.
Diligências
Na deflagração da “Operação Ortros”, foram mobilizados mais de 100 policiais militares do 54º
Batalhão de Polícia Militar e de outras unidades para o cumprimento dos mandados.
O nome “Ortros” remete ao ser da mitologia grega representado por duas cabeças, que vivia do submundo conforme a crença daquele povo.
Impacto Social
Ainda segundo o MPMG, “merece destaque o fato de alguns dos integrantes do grupo criminoso atuarem na seara criminal há vários anos, estendendo o raio das atividades ilícitas para além dos limites de Minas Gerais, vitimando inúmeras pessoas ao fomentar a prática hedionda do fornecimento de drogas ilícitas e impactando sobremodo na vida das famílias e na sociedade”.
Além da extensão dos danos imateriais e materiais mencionados, o Ministério Público ressalta “a gritante reincidência e a periculosidade destacada dos integrantes da organização criminosa, que usam da subjugação de dependentes químicos através do emprego de ameaças e armas de fogo para manter, em dia, o fluxo de pagamentos pelas drogas”.