Notícias - Crime OrganizadoOperação do MPMG investiga organização criminosa que praticava estelionato contra policiais e militares das Forças Armadas
Até o momento foram identificadas mais de 30 vítimas do golpe, com prejuízo já apurado de cerca de R$ 700 mil, sendo que um dos envolvidos perdeu mais de R$ 200 mil para os criminosos
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 15 de março, a Operação O Ilusionista que investiga a existência de organização criminosa voltada para a prática de diversos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro cometidos contra policiais militares e militares das Forças Armadas da reserva e pensionistas. Onze mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva foram cumpridos simultaneamente nas cidades mineiras de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Mateus Leme e São Francisco.
De acordo com o Gaeco, já foram identificadas mais de 30 vítimas do golpe, com prejuízo já apurado de aproximadamente de R$ 700 mil. Somente uma das vítimas teria perdido mais de R$ 200 mil para os criminosos. Os alvos da organização criminosa, segundo o MPMG, geralmente eram pessoas idosas ou portadoras de doenças graves. O grupo criminoso enganava as vítimas com falsas alegações de que teriam direito a vantagens em dinheiro em virtude de ações judiciais exitosas contra entidades de previdência privada ou de seguros de vida.
A operação está sendo conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade Belo Horizonte, e pela 11ª Promotoria de Justiça da capital. Os trabalhos estão sendo realizados em conjunto com a 13ª Cia Independente, 11ª Região da Polícia Militar de São Francisco, Batalhão de Choque, Batalhão Rotam, Companhia de Policiamento com Cães e Diretoria de Inteligência da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e Polícia Penal de Minas Gerais.
Conforme as investigações, com uma história bem arquitetada e com a estrutura disponibilizada pela organização, os criminosos conseguiam convencer as vítimas a depositar grandes valores, em dinheiro, referentes a falsos honorários ou custas processuais em contas bancárias informadas pelo grupo. Os criminosos alegavam que os depósitos deveriam ser feitos para que o dinheiro, supostamente retido, fosse liberado.
Ainda de acordo com o que foi apurado, os criminosos utilizavam, ainda, nomes de autoridades do alto-comando da Polícia Militar para conferir mais credibilidade aos argumentos ardilosos do grupo.
Participaram da operação dois promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 63 policiais militares e dois policiais penais.