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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Fundo Especial do Ministério Público (Funemp), e a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, anunciaram nesta quarta-feira, 11 de dezembro, na capital mineira, parcerias para o desenvolvimento de dois projetos culturais, que serão viabilizados com recursos do Funemp. 

A primeira parceria, com a PUC Minas, é intitulada O Fenômeno Humano – O Caminhar da Humanidade e engloba um documentário sobre vida e obra do paleontólogo Cástor Cartelle Guerra, idealizador e fundador do Museu de Ciências Naturais PUC Minas, e uma exposição permanente sobre a evolução humana ao longo dos últimos 30 milhões de anos. A mostra contará com a curadoria e peças do acervo do palenteólogo.  

A exposição, que ocupará área de 180m² no 2º andar do Museu de Ciências Naturais PUC Minas, apresentará réplicas de fósseis, entre eles o Menino de Turkana, de 1,5 milhão de anos; Lucy, de 3,2 milhões de anos; Criança de Taung, de 2,5 milhões de anos e Luzia, o mais antigo fóssil humano já localizado nas Américas, encontrado em uma gruta de Pedro Leopoldo (Minas Gerais), e considerada um marco da arqueologia. O projeto, com previsão de lançamento em junho de 2025, tem orçamento estimado em R$ 1,5 milhão. 

Durante o anúncio das parcerias, que foi realizado no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, o coordenador do Museu, professor e doutor Henrique Paprocki, informou que a exposição exibirá uma linha do tempo até os passos mais recentes da humanidade moderna e será a maior apresentação sobre a evolução humana da América do Sul. “A exposição vai mostrar a capacidade de cooperação dos nossos ancestrais, que foi o alicerce sobre o qual a humanidade se construiu. Foi ao redor do fogo que eles aprenderam a partilhar alimentos, a trocar experiências e a criar estratégias conjuntas para sobreviver e prosperar”, explicou. 

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A segunda parceria será realizada com o Instituto Cultural Amilcar Martins (Icam) e vai viabilizar o projeto Repertório Bibliográfico de Belo Horizonte – 125 anos e Minas Gerais - 300 anos de história, que tem como foco o desenvolvimento e difusão de pesquisa histórica e cultural na cidade de Belo Horizonte e no Estado, com produção de publicações e conteúdos digitais. 

O objetivo desse projeto é realizar uma ampla pesquisa bibliográfica sobre a história de Minas Gerais utilizando a periodização clássica da história do Brasil: período colonial (a partir da descoberta do ouro na última década do século XVII até 1821); período monárquico (entre 1822 e 1889); e período republicano (a partir de 1889 aos dias de hoje). O projeto, com previsão de lançamento em 2027, tem orçamento estimado em R$ 1,7 milhão. 

Estão previstas duas publicações: uma Minas Gerais e a outra sobre Belo Horizonte. O projeto tem o objetivo de democratizar o acesso às informações e incentivar a pesquisa histórica e cultural do Estado. Destinado a pessoas interessadas na história e cultura de Minas Gerais e preservação patrimonial, pesquisadores, professores e alunos de escolas públicas, universitários e público em geral, o projeto também prevê a disponibilização on-line do atual catálogo da Coleção Mineiriana do Icam. 

O diretor administrativo-financeiro e curador da Coleção Mineiriana do Instituto Cultural Amílcar Martins (ICAM), professor Amílcar Viana Martins Filho, apresentou o projeto Repertório Bibliográfico de Belo Horizonte – 125 anos e Minas Gerais - 300 anos de história. Ele informou que esse trabalho irá consolidar, preservar e ampliar o acesso a uma vasta produção intelectual relacionada a Minas Gerais. “Esse é o primeiro grande levantamento da historiografia de Belo Horizonte. É um projeto de extrema relevância para a história, a cultura e o desenvolvimento posterior da sociedade ao nosso Estado”, disse.   

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, ressaltou a importância do retorno que os projetos culturais oferecem à sociedade. Segundo ele, as parcerias firmadas, que terão o financiamento do Funemp, vão permitir muitas experiências para a população, tanto com o acervo de mais de 40 anos do paleontólogo, como com o resgate da história de BH e de Minas Gerais. 

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A Secretária Municipal de Cultura de Belo Horizonte, Eliane Parreiras, destacou a importância da relação integrada das instituições públicas para concretizar as parcerias. Ela também enfatizou a visão humanista do MPMG para promover a cultura e a difusão do conhecimento, não só com relação aos projetos anunciados na ocasião, mas a todas as ações realizadas pelo Ministério Público em defesa do patrimônio cultural de BH e de Minas Gerais.  

Em seu pronunciamento, o presidente do Funemp, procurador de Justiça Jacson Campomizzi, lembrou que está concluindo quatro anos de gestão à frente do Fundo e que, nesse período, foram mais de 100 projetos aprovados e um montante de R$ 170 milhões empregados em diversas áreas da sociedade, como agricultura familiar, cultura, meio ambiente, projetos sociais. Sobre as parcerias culturais, ele disse ser gratificante saber que a população vai ter acesso aos acervos. “Isso projeta permanentemente o conhecimento. Encerramos a gestão com sensação de dever cumprido”, avaliou.  

O palenteólogo Castor Cartelle Guerra comentou, em seu discurso, que o Brasil tem muita riqueza, como o maior acúmulo de primatas do planeta. Porém, a população quase não tem acesso. “Agora muita gente vai poder conhecer a um acervo de mais de 40 anos de pesquisa. Cada centavo desse projeto será muito bem empregado”, afirmou o professor.  

*Com informações da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

Fotos: Nathália Farnetti/PUC Minas

 

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