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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Sabará, apresentou denúncia contra um casal pelo assassinato de suas filhas gêmeas. Segundo a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Christiano Gonzaga, a mãe assassinou as bebês de nove meses de idade em julho e agosto do ano passado, contando com a conivência do pai, que, após o crime, ocultou os cadáveres.

Embora tenham prestado depoimentos com pequenas divergências pontuais, os pais confessaram os crimes à polícia. A primeira morte ocorreu em 29 de julho, quando a mãe, irritada pelo choro incessante, asfixiou a bebê, sem que o pai intervisse. Segundo depoimento, no dia seguinte, ele foi ao Parque dos Bandeirantes, na divisa entre Belo Horizonte, Contagem e Betim, e enterrou o corpo à beira da linha férrea.

A segunda morte aconteceu em 13 de agosto. Oito dias antes, a mãe havia atacado a criança, que vinha tendo episódios contínuos de choro intenso. Conforme os depoimentos, ela sacudiu a bebê com violência extrema, provocando desmaio, também sem intervenção do pai. A filha, então, foi abandonada em casa, indo a óbito, após o qual os pais foram a um local próximo à BR-381, em Ibirité, onde enterraram o corpo.

Os cadáveres não foram encontrados. A denúncia pede a condenação de ambos por homicídio com qualificadores de motivo fútil, emprego de meio cruel, sem possibilidade de defesa e contra criança abaixo de 14 anos. No segundo homicídio, está incluído também o qualificador de tortura. Em ambos os casos, o MPMG incluiu na denúncia o crime de ocultação de cadáver.

As gêmeas tinham nascido prematuramente e, à época, precisaram ficar internadas por um mês. Segundo a denúncia, os pais agiam de forma omissa no acompanhamento da saúde das bebês, deixando de comparecer às consultas médicas agendadas nos primeiros meses de vida.

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Ministério Público de Minas Gerais

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