Um homem foi condenado a 37 anos e seis meses de reclusão pelo crime de homicídio qualificado, motivo torpe, emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio). O julgamento ocorreu no dia 26 de setembro, em Paracatu, e contou com a atuação do promotor de Justiça Bruno Torrano Amorim de Almeida, representando o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no plenário do Tribunal do Júri.

De acordo com a denúncia do MPMG, na tarde do dia 22 de abril deste ano, o homem foi até um supermercado no centro de Paracatu, onde a vítima trabalhava, e desferiu diversos golpes de faca contra a mulher. Os dois viviam em união estável, sendo que a vítima saiu da casa onde moravam sete dias antes do crime.  

Em razão de ameaças a ela e familiares, foi requerida e deferida medida protetiva contra o ex-companheiro. O crime foi cometido na presença das duas filhas menores do casal e em descumprimento das medidas protetivas de urgência. A denúncia foi oferecida em maio, pelo promotor de Justiça Davi Reis Salles Bueno Pirajá.

Na sentença, foi fixado regime inicial fechado para o cumprimento da pena e negado o direito de recorrer em liberdade.