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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou ontem, 12 de junho, cerimônia de inauguração da fotografia da ex-ouvidora do MPMG, Ruth Lies Scholte Carvalho, na galeria de retratos do Memorial do MPMG. A partir de agora, o retrato da procuradora de Justiça, aposentada em 2020, passa a constar na galeria dos ex-ouvidores da instituição.  Além assumir o cargo de ouvidora do MPMG entre 2012 e 2016, ela foi pioneira à frente de outras funções. Foi, por exemplo, a primeira mulher titular do Tribunal do Júri da capital mineira; a primeira e única mulher até hoje a estar à frente da Corregedoria-Geral do MPMG, foi a primeira representante do MPMG no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. 

A saudação a Ruth Lies foi feita pelo o ex-procurador-geral de Justiça, Alceu José Torres Marques, que a nomeou para o cargo de ouvidora do MPMG em duas ocasiões. Para Alceu, constar na galeria é uma coroação da carreira. “Ruth ajudou a mudar o perfil de atuação do MP. Abriu as portas para que outras mulheres assumissem cargos estratégicos. E a inauguração do retrato, é o reconhecimento pelo que ela conseguiu trilhar e desbravar”, disse Marques.  

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Já a atual ouvidora do MPMG, Nádia Estela Ferreira Mateus, destacou as qualidades pessoais e profissionais de Ruth Lies. “Uma fotografia transcende o material de que é feito: a moldura, a nitidez, a cor. A imagem mais expressiva que povoa minha memória afetiva e que quero deixar associada a seu retrato foi o seu cuidado especial comigo quando cheguei à Ouvidoria. Ela me acolheu, estendeu sua mão amiga e, espontaneamente me acompanhou em visitas instrutivas”, disse. Segundo a ouvidora, a foto eterniza os passos de Ruthe na carreira, “todos os seus os sacrifícios, angústias, lutas. Mas, acima de tudo, eterniza suas conquistas e o seu trabalho que tudo superou com a força da mulher”.  

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Já o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, destacou o pioneirismo da homenageada em várias áreas. Certamente, Ruth abriu caminhos para outras mulheres, como no caso de assumir o Tribunal do Júri de Belo Horizonte, um ambiente até então ocupado quase que integralmente por homens”. Segundo Jarbas, Ruth, independente da área em que esteve à frente, sempre atuou com “dedicação, inteligência e firmeza, engrandecendo o nome do Ministério Público de Minas”.  

Emocionada em vários momentos, Ruth agradeceu o Ministério Público, seus familiares e amigos. Segundo ela, a homenagem simboliza a lembrança do seu trabalho e dedicação. “Muitas vezes sacrifiquei o convívio com a família, mas, mesmo assim, continuaram a me encorajar”, agradeceu aos seus entes. Já em relação a sua atuação profissional na Ouvidoria, ela disse que, após ocupar o cargo, percebeu que o órgão é imprescindível ao MP inclusivo e resolutivo. “A Ouvidoria é a voz segura daqueles que não podem falar”.   

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Vida acadêmica e institucional 

Ruth Lies Scholte Carvalho formou-se em?direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e em letras pela Faculdade de Filosofia de Belo Horizonte. ingressou no MPMG em 1984. Atuou nas comarcas de Espinosa, Esmeraldas, Mateus Leme, Caeté, Nova Lima, Itabira, Contagem e Belo Horizonte. Foi promovida ao cargo de procuradora de Justiça em 1993, com atuação na Procuradoria de Justiça Criminal, Especialidade em Lei de Tóxicos. Ocupou o cargo de Ouvidora do MPMG no período de 2012 a 2016. Aposentou-se em 2020. 

Foi a primeira mulher titular do Tribunal do Júri da capital mineira. Integrante do Conselho Superior e da Câmara de Procuradores de Justiça. Ocupou o cargo de procuradora-geral de Justiça adjunta jurídica. Foi a primeira e única mulher até hoje a estar à frente da Corregedoria-Geral do MPMG. Representou o MPMG na primeira composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. Foi a primeira mulher presidente do Conselho Nacional dos Ouvidores do Ministério Público dos Estados e da União (Cnomp). Coordenou a elaboração do manual prático do promotor de Justiça, adotado em vários estados da federação. 

 

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