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Um dos nomes mais importantes no estudo sobre o aquecimento global traça um amplo panorama de medidas capazes de impedir um colapso ambiental. Ações vão desde o reflorestamento de áreas devastadas ao consumo consciente no nosso dia a dia

 

É possível melhorar nossas atitudes no dia a dia para diminuir os impactos das mudanças climáticas? Como pressionar as empresas a serem mais ambientais? Os países que mais poluem estão preparados para cumprir os acordos ambientais? O 4o episódio do podcast Meu Ambiente traz um valioso debate sobre essas perguntas entre o climatologista, membro da Academia Brasileira de Ciência, e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007, dr. Carlos Nobre, e o promotor de Justiça e coordenador ambiental do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto. O Meu Ambiente é uma iniciativa do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA).

“Nós ainda não passamos dos pontos de não retorno de todo o sistema climático do planeta que tornaria, quase que, a vida humana impossível”, afirma Nobre. Porém, segundo ele, os países que se comprometeram a reduzir as emissões de gases do efeito estufa no Acordo de Paris (2015) e na mais recente reunião da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Glasgow (2021), não estão atingindo a meta de reduzir em 50% todas as emissões dos gases até 2030.

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Diante dessa explicação, o promotor de justiça Carlos Eduardo questionou o papel do Brasil na geopolítica ambiental mundial. “Como o Brasil pode ser protagonista dessa mudança de paradigma no sentido de buscar atingir essas metas, em modelos que possam ser exequíveis? Vemos hoje os países mais desenvolvidos com protocolo de intenções sem muita efetividade na redução das emissões de carbono na atmosfera”, comenta. 

Segundo Nobre, o Brasil, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York em 2023, estipulou meta bastante ambiciosa: de reduzir as emissões em 48% até 2025, chegando a 53% até 2030. “Se o Brasil atingir esses objetivos, ele será o primeiro país de grandes emissões a cumprir os objetivos do Acordo de Paris, muito antes de China, EUA, Rússia e Índia, atingindo um importante papel de liderança”. Para isso, é preciso acabar com o desmatamento e queimadas nos biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, afirma o especialista. 

Problemas globais, soluções locais
Em 45 minutos de conversa, o debate abordou como mudanças de consumo podem gerar impactos positivos a médio e longo prazo. Seja no consumo de carnes de empresas com selo verde, alimentos orgânicos, ou na aquisição de veículos elétricos – todas essas ações têm potencial de melhorar a saúde e expectativa de vida das pessoas. O episódio completo está disponível no Spotify, Deezer, Google Podcast, Apple Podcast e no Youtube.

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Podcast Meu Ambiente 
A primeira temporada do podcast Meu Ambiente estreou em meados de 2023 com o objetivo de desvendar os desafios ambientais que enfrentamos hoje e conhecer as ações colocadas em prática que podem mudar o rumo do nosso planeta. Uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com a Itatiaia. O Meu Ambiente é apresentado pela jornalista da Itatiaia, Patrícia Diou e conta com a participação dos promotores de justiça de defesa do meio ambiente do MPMG.

Assista pelo YouTube ou ouça na sua plataforma de streaming predileta. Meu Ambiente, um podcast em defesa do seu, do meu, do nosso ambiente! 

EP01 |Tragédias em Mariana e Brumadinho: muito além da lama 
EP02 | Corpo de Bombeiros de Minas Gerais: referência internacional
EP03 | Tradições e Saberes: o fomento à cultura popular 
EP04 | As mudanças climáticas atreladas ao desmatamento nos biomas brasileiros e o futuro do planeta

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