Conheça Mariana, a partir da história contada por sua mãe:
Mariana Ferrer é orgulhosamente mineira. Seu caso comoveu não apenas Minas, mas todo o país, devido à violência institucional e psicológica sofrida durante a persecução penal do crime que a vitimou, pois além da violência sexual sofrida, sofre com a mais grave de todas as violências, essa por sua vez, pelo Estado: a revitimização secundária.
Por isso, a forte comoção e indignação da população, diante da impunidade dos órgãos frente ao caso, fazendo nascer a Lei Federal Mariana Ferrer (14.245), que busca coibir/ evitar a ocorrência de violações semelhantes.
Segundo ela, existem duas Marianas: uma antes e depois do delito. Ela era uma menina sonhadora, alegre e sociável mas, isso tudo, muda depois de ser dopada e violentada em 2018. Ferrer se fecha para o mundo e mesmo quase 6 anos depois do crime vive reclusa dentro de casa, estudando e estagiando de forma integralmente virtual. Ela foi diagnosticada com síndrome do pânico, estresse pós-traumático, fobia social, terror noturno e depressão.
Atualmente, cursa graduação em Direito e faz estágio no Ministério Público de Minas Gerais. Relata a importância do convívio com profissionais com os quais aprende imensamente e cuja competência admira. Demonstra orgulho da instituição mineira e dos membros que a compõem e inspiram sua trajetória profissional.
Mariana ainda hoje, em 2024, aguarda justiça no processo criminal (estupro de vulnerável), que está em fase de recurso nos Tribunais Superiores.
Mariana convive somente com familiares mais próximos, enquanto se empenha passo a passo para superar efeitos traumáticos da violência sexual e dos inúmeras outros crimes que sofreu durante a busca pela condenação de seu algoz e assim, conseguir recuperar, aos poucos, a sua vida perdida.
Sonha que, com a sua futura profissão, possa proporcionar a todas as vítimas de crimes contra a dignidade sexual, o acolhimento e proteção que não teve antes, mas que pontua que agora tem tido.