A iniciativa, coordenada pelo Instituto Opaoká em colaboração com o povo tikmu'un (maxakali) e apoiada por meio de recursos da Plataforma Semente, do MPMG, demonstra como a integração entre saberes tradicionais indígenas e práticas de restauração ecológica pode transformar paisagens degradadas em territórios biodiversos e produtivos.

 

Em visita técnica realizada nessa quarta-feira, 8 de abril, representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), do Ministério Público Federal (MPF), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e instituições parceiras testemunharam os expressivos resultados do Projeto Hãmhi Terra Viva nas terras indígenas maxakali de Água Boa e Pradinho, no Vale do Mucuri.

A iniciativa, coordenada pelo Instituto Opaoká em colaboração com o povo tikmu'un (maxakali) e apoiada por meio de recursos da Plataforma Semente do MPMG, demonstra como a integração entre saberes tradicionais indígenas e práticas de restauração ecológica pode transformar paisagens degradadas em territórios biodiversos e produtivos.

Durante a visita, a comitiva percorreu áreas de reflorestamento, viveiros e quintais agroflorestais implementados com protagonismo das comunidades locais. Destaca-se o papel fundamental dos agentes agroflorestais e viveiristas indígenas, que aplicam conhecimentos ancestrais na recuperação ambiental de seus territórios.

Em apenas 21 meses de execução, o projeto alcançou marcos impressionantes: 155 hectares de áreas reflorestadas e 60 hectares de quintais agroflorestais estabelecidos. Estes números evidenciam a eficácia da articulação entre políticas públicas, justiça socioambiental e os métodos tradicionais maxakali de manejo territorial.

O MPMG reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos territoriais e ambientais dos povos originários, reconhecendo sua contribuição essencial para a conservação da biodiversidade e o enfrentamento da crise climática global.

A visita contou com a participação de representantes da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente das Bacias dos Rios Jequitinhonha e Mucuri; Programa Próximos Passos, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais (CAO-Cimos); Cimos Vale do Mucuri; Promotoria de Justiça da Comarca de Águas Formosas; Ministério Público Federal de Teófilo Otoni e Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade Nordeste, do Instituto Estadual de Florestas (IEF).

O MPMG destaca a excelência do trabalho das equipes locais do Projeto Hãmhi e reafirma a importância do protagonismo do povo maxakali na construção de territórios ambientalmente sustentáveis e culturalmente vibrantes.

Ministério Público de Minas Gerais

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