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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou duas denúncias contra um treinador de handebol que atuava no município de Pompéu, no Centro-Oeste do Estado. O homem de 34 anos, que se encontra foragido, é acusado de maus-tratos, estupro, importunação e assédio sexual contra adolescentes da equipe que treinava. 

Em uma das denúncias, a Promotoria de Justiça de Pompéu afirma que, entre 2017 e 2021, ele cometeu abusos sexuais e agrediu física e psicologicamente nove adolescentes, entre 13 e 17 anos, que faziam parte da sua equipe. Alguns deles, além de violência sexual, eram agredidos com tapas no rosto durante competições, sobretudo quando a equipe perdia. 

“O denunciado exigia que as vítimas realizassem suas vontades, dentro e fora das quadras, sob pena de excluí-las dos grupos dos atletas e das promessas esportivas, criando um ambiente hostil entre os adolescentes”, afirma trecho da denúncia. Ele também possuía, segundo a investigação, comportamento manipulador e exercia controle emocional sobre os jovens.  

Na outra denúncia, a Promotoria de Justiça afirma que o homem, fundador de uma associação esportiva em Pompéu, recrutava adolescentes de Minas e do Brasil, prometendo a eles alojamento e alimentação. Entretanto, além de o local e a comida serem inadequados, o treinador submetia a os adolescentes vários tipos de abusos, desde agressões físicas e chantagens, até xingamentos e abusos sexuais. 

De acordo com a Promotoria de Justiça, o homem, para convencê-los a praticar sexo, prometia ainda dinheiro, celulares e indicação em times estrangeiros. "Apurou-se também que o denunciado constrangia os atletas com promessas de ascensão profissional para obter favores sexuais", afirma trecho da denúncia, que cita 14 adolescentes como vítimas dele.  

E os jovens que não se rendiam as pressões do treinador sofriam punições e eram ridicularizados na presença dos outros atletas. "O denunciado exercia controle emocional sobre os adolescentes e, aproveitando-se da pretensão profissionais deles, exigia que realizassem suas vontades, dentro e fora das quadras, com ameaças de tirá-los do time e de acabar com suas carreiras”, afirmou a promotora de Justiça Lohana Cavalcanti Costa.

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Ministério Público de Minas Gerais

 

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