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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) lançou, em 2 de março, o Prêmio Mellyssa de boas práticas na atenção à saúde materna e infantil. O objetivo é identificar, valorizar e divulgar ações e medidas de enfrentamento à mortalidade materna e infantil realizadas nos municípios de Minas Gerais.   

O prêmio Mellyssa nasce dentro do projeto Mellyssa, uma iniciativa do MPMG, ligada ao Plano Estadual de Enfrentamento à Mortalidade Materna e Infantil, que busca promover ações de conscientização sobre a importância de um pré-natal de qualidade como forma de reduzir os índices de mortalidade infantil e materna.   

Fruto de sua adesão ao Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Ministério da Saúde (MS) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o projeto Mellyssa conta com a parceria da Secretaria de Estado da Saúde (SES). O objetivo do projeto é desenvolver ações voltadas ao tema e com ênfase na atenção primária à saúde. 

Mellyssa é o nome de uma criança que morreu logo após o nascimento, em decorrência de uma infecção congênita cujo exame de detecção deve fazer parte do pré-natal. Mesmo tendo sua mãe passado por várias consultas médicas durante a gestação, a doença só foi diagnosticada no final da gravidez, quando o quadro já era irreversível para a bebê.   

Prêmio Mellyssa  

As inscrições são gratuitas, mediante Relato de Experiência, e vão até 15 de maio de 2023, no site projetomellyssa.mpmg.mp.br. Poderão participar agentes públicos municipais, independentemente do vínculo que mantenham com o município, individual ou coletividade (co-autoria), que tenham participado da concepção ou da execução da boa prática inscrita. É admitida a inscrição de mais de uma boa prática por município, porém, cada autor poderá inscrever apenas uma boa prática.  

Detalhes sobre o prêmio Mellyssa  

Na inscrição, o interessado deverá descrever a boa prática na forma de Relato de Experiência, em formulário online, disponível em link no site projetomellyssa.mpmg.mp.br.  A estrutura é: título da experiência, autor(es), contextualização e justificativa, objetivos, atividades desenvolvidas e resultados. Será admitida a inserção de imagens e documentos. A boa prática deve ter por objeto atividades desenvolvidas no SUS, no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS).  

Os Relatos de Experiência que atenderem aos requisitos serão submetidos a uma comissão julgadora designada pela organização do Prêmio Mellyssa. As boas práticas receberão notas de zero a 10 segundo os critérios: inovação, criatividade, possibilidade de reprodução, alcance social, satisfação do usuário.  

A organização e a comissão julgadora poderão solicitar documentos e realizar visitas para comprovação das atividades e resultados descritos.  

As boas práticas serão premiadas da seguinte forma:  

I – Inserção do Relato de Experiência das 10 melhores práticas em e-book elaborado pela organização;  

II – Participação dos autores das cinco melhores boas práticas em programas da TV MP em uma série sobre o tema: Enfrentamento à mortalidade materna e infantil em Minas Gerais;  

III – Custeio de passagens e cinco diárias de dois autores, das três melhores boas práticas, para apresentação da boa prática em seminário internacional a ser realizado na Universidade de Coimbra, em Portugal.  

Poderão ser concedidas homenagens e menções honrosas a pessoas ou instituições a juízo da organização do prêmio.  

As comunicações e divulgações das atividades do Prêmio Mellyssa serão feitas no site projetomellyssa.mpmg.mp.br e no Instagram @projetomellyssa.mpmg.  

Morte infantil e materna  

Segundo relatório do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal (CEPMMIF) –, em 2020, 64% dos óbitos infantis e mais de 94% dos óbitos maternos ocorreram por causas evitáveis, boa parte deles, sensíveis a uma boa atenção à gestante (atenção pré-natal). Por outro lado, as mortes maternas e infantis ocorrem com mais frequência entre pessoas dos grupos mais vulneráveis socialmente (pobres, com baixa escolaridade, indígenas, residentes em regiões com menor desenvolvimento socioeconômico). Os dados revelam, portanto, grandes disparidades sociais, étnicas e regionais. 

 

 

 

 

 
 
 
 
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